1. O que é o Padrão Visitor
O padrão visitor é um padrão de design comportamental que separa a estrutura de dados das operações de dados, permitindo a realização de diferentes operações nos dados sem modificar a estrutura de dados. O padrão visitor pode desacoplar a estrutura de dados das operações, tornando as operações mais flexíveis e extensíveis.
2. Características e Vantagens do Padrão Visitor
Características:
- Desacopla a estrutura de dados das operações, possibilitando a ligação dinâmica de diferentes operações.
- A adição de novas operações é muito conveniente e não requer a modificação de código existente.
Vantagens:
- A adição de novas operações é muito conveniente, conforme o princípio aberto-fechado.
- Operações complexas podem ser realizadas na estrutura de dados sem alterar a própria estrutura.
3. Exemplo de Aplicações Práticas do Padrão Visitor
O padrão visitor tem uma ampla gama de aplicações em cenários práticos, tais como:
- Na fase de análise da árvore de sintaxe de um compilador, o padrão visitor pode ser usado para implementar diferentes verificações de sintaxe e operações de transformação de código.
- Em um otimizador de consultas de banco de dados, o padrão visitor pode ser usado para realizar várias operações de otimização na árvore de consulta.
4. Implementação do Padrão Visitor em Golang
4.1 Diagrama de Classe UML
4.2 Introdução ao Exemplo
O padrão visitor inclui os seguintes papéis:
-
Element
define um método de interfaceAccept
para aceitar visitantes. -
ConcreteElementA
eConcreteElementB
são classes de elemento concreto que implementam o métodoAccept
e definem seus próprios métodos de operação. -
Visitor
é a interface de visitante que define métodos para visitar elementos específicos. -
ConcreteVisitor1
eConcreteVisitor2
são classes de visitante concretas que implementam métodos para visitar elementos específicos.
4.3 Etapa de Implementação 1: Definir a Interface de Visitante e Visitantes Concretos
Primeiramente, precisamos definir a interface de visitante e as classes de visitante concretas:
type Visitor interface {
VisitConcreteElementA(element ConcreteElementA)
VisitConcreteElementB(element ConcreteElementB)
}
type ConcreteVisitor1 struct{}
func (v *ConcreteVisitor1) VisitConcreteElementA(element ConcreteElementA) {
// Realizar operações em ConcreteElementA
}
func (v *ConcreteVisitor1) VisitConcreteElementB(element ConcreteElementB) {
// Realizar operações em ConcreteElementB
}
type ConcreteVisitor2 struct{}
func (v *ConcreteVisitor2) VisitConcreteElementA(element ConcreteElementA) {
// Realizar operações em ConcreteElementA
}
func (v *ConcreteVisitor2) VisitConcreteElementB(element ConcreteElementB) {
// Realizar operações em ConcreteElementB
}
4.4 Etapa de Implementação 2: Definir a Interface do Elemento e Classes de Elemento Concreto
Em seguida, definimos a interface do elemento e as classes de elemento concreto:
type Element interface {
Accept(visitor Visitor)
}
type ConcreteElementA struct{}
func (e *ConcreteElementA) Accept(visitor Visitor) {
visitor.VisitConcreteElementA(e)
}
func (e *ConcreteElementA) OperationA() {
// Lógica para a operação específica do elemento A
}
type ConcreteElementB struct{}
func (e *ConcreteElementB) Accept(visitor Visitor) {
visitor.VisitConcreteElementB(e)
}
func (e *ConcreteElementB) OperationB() {
// Lógica para a operação específica do elemento B
}
4.5 Etapa de Implementação 3: Definir a Estrutura do Objeto e Estrutura de Objeto Concreta
Agora, definimos a estrutura do objeto e a estrutura de objeto concreta:
type ObjectStructure struct {
elements []Element
}
func (os *ObjectStructure) Attach(element Element) {
os.elements = append(os.elements, element)
}
func (os *ObjectStructure) Detach(element Element) {
for i, e := range os.elements {
if e == element {
os.elements = append(os.elements[:i], os.elements[i+1:]...)
break
}
}
}
func (os *ObjectStructure) Accept(visitor Visitor) {
for _, element := range os.elements {
element.Accept(visitor)
}
}
4.6 Etapa de Implementação 4: Implementar a Interface de Acesso do Elemento na Estrutura do Objeto
Implementar a interface de acesso do elemento na estrutura do objeto e delegar a operação de acesso ao visitante:
func (os *ObjectStructure) Accept(visitor Visitor) {
for _, element := range os.elements {
element.Accept(visitor)
}
}
4.7 Passo de Implementação 5: Definir Código do Cliente para Usar o Padrão Visitante
Finalmente, definimos o código do cliente para usar o padrão visitante:
func main() {
elementoA := &ConcreteElementA{}
elementoB := &ConcreteElementB{}
visitante1 := &ConcreteVisitor1{}
visitante2 := &ConcreteVisitor2{}
estruturaDoObjeto := &ObjectStructure{}
estruturaDoObjeto.Anexar(elementoA)
estruturaDoObjeto.Anexar(elementoB)
estruturaDoObjeto.Aceitar(visitante1)
estruturaDoObjeto.Aceitar(visitante2)
}
Conclusão
Através do padrão visitante, podemos desacoplar a estrutura de dados da operação de dados, tornando a operação mais flexível e extensível. Ao implementar o padrão visitante em Golang, podemos usar a combinação de interfaces e funções para alcançar a ligação dinâmica, alcançando assim o desacoplamento. O padrão visitante pode ser aplicado de forma eficaz a cenários práticos, seja análise de árvore de sintaxe ou otimização de consulta de banco de dados.